Partindo
da história das imagens (nascimento da câmera fotográfica) ou pelo menos da
ideia central que formulou a coisa que hoje chamamos de câmera - já que a ideia de imagem sempre esteve presente na
história da humanidade, se não racionalmente estruturada de uma maneira
consciente como conhecemos hoje - validamos a vontade de registrar o mundo,
suas surpresas e desagravos.
Esse
curso foi isso e um pouco mais, pois as conversas variavam e chegavam a temas
que iam penetrando no nosso modo de fotografar e enxergar o mundo. Partimos da
Câmera escura, das cavernas, da China, da Renascença, do modelo Daguerreótipo,
das primeiras câmeras analógicas até chegarmos a essa era digital, passando por
todas essas mudanças muito significativas para a compreensão dessa história da
fotografia.
Os
participantes puderam estudar as diversas fases da fotografia, conhecer e
analisar obras e autores; obter um aprofundamento teórico e técnico sobre a
máquina. Em alguns encontros tivemos saídas fotográficas pelo bairro,
visualizando outros espaços que o ato fotográfico pode proporcionar.
Os encontros
foram marcados por muitas conversas e análises fundamentais de obras históricas
para a fotografia e seu modo de registro, para podermos compreender a dimensão
desse fenômeno visual e quais as consequências para o mundo atual, já que somos
bombardeados e invadidos, sem piedade, por tantas imagens.
O
curso, também, fez uma breve incursão pelo audiovisual, onde alguns
participantes puderam realizar um pequeno vídeo a partir de recortes. Sempre
visando um aprimoramento e compreensão da fotografia como um todo e seus tantos
suportes para o registro de imagens.
Essa
exposição é fruto dessa compreensão subjetiva que cada participante obteve dos
encontros. Todas as fotos expostas foram feitas com câmeras compactas,
supostamente com alta resolução, cerca de 10 megas, porém quando ampliamos as
imagens, notamos que esse tipo de equipamento não foi desenvolvido para esse
fim e sim no intuito de divulgar as imagens virtualmente, ou no caso de uma
ampliação em papel apenas num tamanho bem pequeno.
Pensando
nisso, montamos a exposição em dois módulos: com imagens pequenas e com imagens
maiores (A3), nessas imagens ampliadas no formato grande, percebemos que a qualidade
vai se desfazendo e as formas vão ficando distorcidas. As imagens menores
apresentam uma qualidade mais razoável.
Eis
aqui nosso trabalho, registros de um mundo com suas coisas visíveis e outras
que precisamos nos esforçar um pouco para vermos. A fotografia como um ato
artístico dando plástica aos pensamentos e ampliando nossos sentidos.
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